terça-feira, 22 de setembro de 2015

Morreu o Professor Humberto Leal Vieira

São João Paulo II abençoa Prof. Humberto e sua esposa Sra. Nancy.

Recebi hoje, pouco depois do meio dia, uma mensagem por celular anunciando a morte do Professor Humberto Leal Vieira, membro da Pontifícia Academia Pró-Vida e presidente emérito da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família.

Ele sempre foi um amigo leal, como indica o seu segundo nome. Nunca me faltou em coisa alguma.

Sua numerosa prole - oito filhos: quatro homens e quatro mulheres - já indica o quanto ele e sua esposa Sra. Nancy eram abertos à vida.

Conheci-o pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1988, no morro do Sumaré, em um Congresso de Bioética do qual participei como seminarista.

Em 1995, já como sacerdote diocesano, tive o prazer de revê-lo em Brasília, coordenando um encontro nacional pró-vida e alertando-nos sobre o perigo iminente da legalização do aborto no Brasil.

Foi graças ao Prof. Humberto que eu fiquei informado do quanto era preciso fazer para enfrentar as forças da cultura da morte. Contando com o entusiasmo de Dom Manoel Pestana Filho, na época bispo de Anápolis, organizamos em 1996 uma caravana pró-vida que encheu a Praça dos Três Poderes.

Em seguida, passamos a ir continuamente ao Congresso para tentar impedir a aprovação do terrível Projeto de Lei 20/91, que pretendia obrigar os hospitais a fazerem aborto nos quando a gravidez resultasse de estupro ou quando não houvesse outro meio (que não o aborto) para salvar a vida da gestante. Prof. Humberto sempre esteve ao nosso lado, nunca nos deixando abandonados.

Foi com ele que eu obtive uma fotocópia do Relatório Kissinger, a cartilha do imperialismo contraceptivo dos Estados Unidos. Foi dele que eu aprendi que milhões de dólares eram (e continuam sendo) injetados no Brasil por Fundações e Organismos internacionais para fins de controle demográfico.

Quando fui a Roma para estudar Bioética (2007-2009), tive ocasião de encontrá-lo no Congresso da Pontifícia Academia Pró-Vida, da qual ele era membro vitalício. Mas já percebia o quanto sua saúde estava debilitada. Queixava-se muito de dores nas costas por causa de hérnias de disco.

De volta ao Brasil, participei de alguns encontros pró-vida promovidos por ele. Mas já se podia ver como ele estava definhando em favor da vida. Tinha que fazer hemodiálise todos os dias.

A última vez que o vi foi no dia 10 de dezembro de 2014 em Brasília, no lançamento do livro "Cultura da morte: o grande desafio da Igreja", de Mons. Sanahuja. Na ocasião ele estava em uma cadeira de rodas.

Finalmente hoje, quase um ano depois de nosso último encontro, veio-me a notícia do seu falecimento.

Todos nós devemos muito a ele. Acabei de mencionar o nome dele na Santa Missa que celebrei às 19 horas.

Para nós, que cremos na vida eterna, a morte pode ser triste, mas não é desesperadora.

"Se o grão de trigo que cai na terra não morre fica só. Mas quando morre dá muito fruto".

O Brasil há de colher muitos frutos produzidos pela morte de Professor Humberto Leal Vieira.

.Daqui a pouco nós nos encontraremos no Céu com o Senhor da Vida e com nossa Mãe Maria Santíssima. Essa é a nossa esperança.

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