O Partido a que pertence um candidato não é irrelevante. Este vídeo examina, do ponto de vista moral, se é lícito a um cristão votar em um candidato do Partido dos Trabalhadores.
Divulgue este vídeo para seus amigos.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
LIVRO ESCLARECE ELEITORES SOBRE ABORTO
Recomendo a aquisição e a leitura do livro de Vanderlei de Lima intitulado "O verdadeiro católico pode votar em partidos defensores do aborto? (delicada questão de consciência ante o homicídio no ventre materno)".
O autor mostra a necessidade de examinar não apenas os candidatos, mas em primeiro lugar os partidos a que eles pertencem.
Há partidos que, por sua índole, são contrários à Doutrina Social Cristã. Um cristão não pode filiar-se a tais partidos nem votar em candidatos pertencentes a esses partidos.
O livro de Vanderlei de Lima, que tem a glória de ser prefaciado por ninguém menos do que o Cardeal Dom Eusébio Scheid, Arcebispo Emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro, destaca a gravidade da omissão política, a necessidade de se votar conscientemente, as implicações morais e canônicas da cumplicidade com o aborto e a conexão que há entre o socialismo e o abortismo.
Este último ponto - nem sempre valorizado - é preciso pôr em evidência: o socialismo "considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social" diz o Beato João Paulo II, em sua encíclica "Centesimus Annus", citada por Vanderlei de Lima. A criança, segundo a ótica socialista, não tem valor absoluto: pode ser sacrificada em favor do "todo social". Não é por acaso que, no Brasil, são os partidos socialistas os grandes defensores do direito ao aborto.
Ao autor, meus parabéns, assim como àqueles que lerem seu livro.
A seguir, transcrevo a entrevista que Vanderlei de Lima deu à agência Zenit sobre sua obra:
O autor mostra a necessidade de examinar não apenas os candidatos, mas em primeiro lugar os partidos a que eles pertencem.
Há partidos que, por sua índole, são contrários à Doutrina Social Cristã. Um cristão não pode filiar-se a tais partidos nem votar em candidatos pertencentes a esses partidos.
O livro de Vanderlei de Lima, que tem a glória de ser prefaciado por ninguém menos do que o Cardeal Dom Eusébio Scheid, Arcebispo Emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro, destaca a gravidade da omissão política, a necessidade de se votar conscientemente, as implicações morais e canônicas da cumplicidade com o aborto e a conexão que há entre o socialismo e o abortismo.
Este último ponto - nem sempre valorizado - é preciso pôr em evidência: o socialismo "considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social" diz o Beato João Paulo II, em sua encíclica "Centesimus Annus", citada por Vanderlei de Lima. A criança, segundo a ótica socialista, não tem valor absoluto: pode ser sacrificada em favor do "todo social". Não é por acaso que, no Brasil, são os partidos socialistas os grandes defensores do direito ao aborto.
Ao autor, meus parabéns, assim como àqueles que lerem seu livro.
A seguir, transcrevo a entrevista que Vanderlei de Lima deu à agência Zenit sobre sua obra:
ZENIT: Por que há interesse de se aprovar o aborto no Brasil?
VANDERLEI: O interesse em aprovar o aborto no Brasil – diga-se logo de início – não é para satisfazer o interesse popular, pois pesquisas de opinião pública apontam que entre 72% a 90% dos brasileiros somos contra o assassinato de inocentes no ventre materno.
Então, qual é o interesse? É, certamente, o de satisfazer a “ideologia da morte”, ou seja, os poderosos grupos internacionais que, dispondo de grandes recursos financeiros e fortes meios de propaganda, desejam afrontar os valores sagrados e perenes que ainda restam da civilização cristã nos nossos dias.
ZENIT: Qual a relação entre aborto e voto?
VANDERLEI: A relação entre aborto e voto é muito grande e comporta, de momento, dois aspectos a serem destacados.
O primeiro é o aspecto moral (muito deixado de lado em nossos dias), uma vez que o 5º Mandamento da Lei de Deus preceitua: “Não matarás” (Êxodo 20,13) e a Igreja sempre conservou em sua doutrina a condenação ao aborto provocado ao longo de mais de dois milênios de história.
Ora, se o candidato é de um partido, cujo programa defende o aborto, o verdadeiro católico não pode – sem trair a moral – votar nesse partido ou no político que está a favor da morte. Ele seria um católico totalmente incoerente e estaria em pecado.
E mais: A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé publicou, em 24 de novembro de 2002, uma Nota sobre questões relativas à participação e comportamento de católicos na vida política. Ali está claríssimo que o fiel católico não pode apoiar com seu voto as investidas da cultura da morte, votando em candidatos filiados a partidos defensores do aborto.
O segundo aspecto é que um político eleito pelo povo há de ser representante legítimo desse povo. Ora, se o povo não quer o aborto, também o político não deve querer, pois o mandato que ele exerce não faz dele um senhor absoluto de suas vontades particulares ou partidárias. Ao contrário, ele é um delegado ou representante dos anseios do povo que a ele confiou o seu voto.
Então, se os candidatos de partidos abortistas perceberem que estão sendo rejeitados nas urnas terão que tomar uma das três medidas seguintes: a) sair do partido pró-morte de inocentes e indefesos; b) mudar radicalmente o programa do seu partido ou c) contentar-se em nunca ser eleito pelo voto dos católicos.
Esse é o poder do voto dos verdadeiros católicos que jamais devem votar em comunistas, socialistas e abortistas e nem votar em branco ou nulo, muito menos deixar de ir votar, pois essa omissão favorece a cultura da morte.
ZENIT: A qual público está destinado o livro?
VANDERLEI: O livro está destinado primeiramente aos verdadeiros católicos, ou seja, àqueles que realmente buscam viver o pulsare cum Ecclesiae (sentir com a Igreja) em tudo.
Depois, destina-se também às pessoas de várias religiões ou homens e mulheres de bom senso em geral que defendem a vida desde a sua concepção até o seu fim natural.
ZENIT: O que levaria um político a receber o voto católico?
VANDERLEI: O político está apto a receber o voto de um verdadeiro católico desde que defenda os princípios básicos ou fundamentais da civilização cristã, que são valores reconhecidos até mesmo pela luz natural da razão sem a fé.
Dentre esses valores estão, evidentemente, a defesa da vida, da família, da religião, da propriedade particular legítima, etc., o que, em contrapartida, leva esse político a se opor ao aborto e à eutanásia, ao divórcio e à união de pessoas do mesmo sexo, à perseguição religiosa que aí está (ela não quer crucifixo ou bíblia em locais públicos, exclui religiosos de opinarem em questões importantes para o país, etc.), a ser contrário a uma reforma agrária que não seja segundo a Doutrina Social da Igreja, mas seja de acordo com os fracassados modelos comunistas, etc.
O candidato que verdadeiramente se opõe a isso tudo e que não é de um partido cujo programa defende o comunismo, o socialismo e o abortismo, merece o voto do verdadeiro católico. Caso contrarie a tudo isso, não merece o nosso voto.
ZENIT: O voto de cada católico pode mudar a cara do Brasil?
VANDERLEI: Com certeza, o voto dos católicos (e dos cristãos em geral, maioria no país) pode mudar a cara do Brasil para melhor.
Basta ver que, por iniciativa do povo religioso, e não dos políticos interessados em desvincular a religiosidade do povo da política, temas como o aborto e união de pessoas do mesmo sexo foram amplamente discutidos nas eleições semi-gerais de 2010 e cada vez mais vêm sendo debatidos e rejeitados pela imensa maioria do povo brasileiro, incluindo estudantes de Ensino Médio e Universitários.
Aqui alguém poderia usar o velho chavão: “Mas o Estado é laico” e eu respondo que o Estado pode ser laico, mas o povo (nação) é religioso. Daí o político eleito há de representar esse povo que o elegeu e não os interesses de seu partido, seja no âmbito do Legislativo ou do Executivo.
Caso contrário, teríamos uma democracia de mentira.
ZENIT: Qual é a principal questão que o senhor trata no livro e que pode interessar grandemente ao eleitorado católico brasileiro?
VANDERLEI: A grande questão ou tese do livro é a de que o verdadeiro católico não pode, sem trair a sua fé, votar em partidos que defendem, em seus programas, o aborto, pois esse é, em si mesmo, pecado, e, por isso, uma grave afronta à Lei de Deus que preceitua: “Não matarás” (Ex 20,13).
Ao lado dessa questão crucial, o livro mostra que o verdadeiro católico não pode votar em partidos comunistas ou socialistas, nem em candidatos que perseguem a religião. Aliás, o mérito do livro, segundo alguns comentaristas, está em apontar, inclusive, os nomes desses partidos.
Portanto, ao eleitor católico não interessa se o candidato ou a candidata são de Igreja, mas, sim, se o Partido no qual ele ou ela está defende pontos contrários à doutrina cristã.
O católico filiado a um partido comunista, socialista ou abortista, é uma contradição ambulante. Ele não sabe nada de cristianismo e nem de comunismo ou abortismo, ou pior, se diz cristão para enganar os ingênuos. Na dúvida, não se vota nele, de modo algum.
O livro traz ainda questões muito oportunas como o pecado, o Estado laico, o valor da vida à luz das ciências e da fé entre outros tópicos que merecem ser lidos e entendidos, por isso a linguagem acessível e a citação de rica bibliografia para aprofundamento.
ZENIT: Uma palavra final
VANDERLEI: Desejo agradecer imensamente à Agência Zenit pela oportunidade ímpar que agora tenho, bem como expressar a minha gratidão aos revisores da obra: Margarida Hulshof, escritora e perita em Teologia, Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, advogado e Mestre em Bioética (apresentador do livro na quarta capa), e a S. Eminência o Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid, arcebispo-emérito do Rio de Janeiro, que fez o prefácio.
Espero que a obra de 60 páginas ajude os eleitores católicos brasileiros que a lerem a não votarem nos partidos contrários à fé e à moral católicas e nem votarem em branco ou nulo, pois essa atitude ajuda a favorecer a cultura da morte.
Caso não haja um candidato que o eleitor julgue bom, então, por exclusão, vote no menos pior, mas vote. Dos 16 aos 100 anos ou mais, se estiver em condições, vá votar. Temos que derrubar a cultura da morte e substituí-la pela cultura da vida.
Muito obrigado.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Posso votar no PT? (uma questão moral)
1. Existe algum partido da Igreja Católica?
A Igreja,
justamente por ser católica, isto é,
universal, não pode estar confinada a um partido político. Ela “não se confunde
de modo algum com a comunidade política”[1] e
admite que os cidadãos tenham “opiniões legítimas, mas discordantes entre si,
sobre a organização da realidade temporal”[2].
2.
Então os fiéis católicos podem-se filiar a qualquer partido?
Não. Há partidos que abusam da pluralidade de
opinião para defender atentados contra a lei moral, como o aborto e o casamento
de pessoas do mesmo sexo. “Faz parte da missão da Igreja emitir juízo moral
também sobre as realidades que dizem respeito à ordem política, quando o exijam
os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas”[3].
3. O
Partido dos Trabalhadores (PT) defende algum atentado contra a lei moral?
Sim. No 3º Congresso do PT, ocorrido entre agosto
e setembro de 2007, foi aprovada a resolução “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e
regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”[4].
4. Todo
político filiado ao PT é obrigado a acatar essa resolução?
Sim. Para ser candidato pelo PT é obrigatória a
assinatura do Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista, que “indicará que o candidato ou candidata está
previamente de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à
campanha como ao exercício do mandato” (Estatuto do PT, art. 140, §1º[5]).
5. Que
ocorre se o político contrariar uma resolução do Partido como essa, que apoia o
aborto?
Em tal caso, ele “será passível de punição, que poderá ir da simples advertência até o
desligamento do Partido com renúncia obrigatória ao mandato” (Estatuto do
PT, art. 140, §2º). Em 17 de setembro de 2009, dois deputados foram punidos
pelo Diretório Nacional. O motivo alegado é que eles “infringiram a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º
Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto”[6].
6. O PT
agiu mal ao punir esses dois deputados?
Agiu mal, mas agiu coerentemente. Sendo um
partido abortista, o PT é coerente ao não tolerar defensores da vida em seu
meio. A mesma coerência devem ter os cristãos não votando no PT.
7. Mas
eu conheço abortistas que pertencem a outros partidos, como o PSDB, o PMDB, o
DEM...
Os políticos que pertencem a esses partidos podem
ser abortistas por opção própria, mas não por obrigação partidária. Ao
contrário, todo político filiado ao PT está comprometido com o aborto.
8.
Talvez haja algum político que se tenha filiado ao PT sem prestar atenção ao
compromisso pró-aborto que estava assinando...
Nesse caso, é dever do político pró-vida
desfiliar-se do PT, após ter verificado o engano cometido.
9. Que
falta comete um cristão que vota em um candidato de um partido abortista, como
o PT?
Se o cristão vota no PT consciente de tudo quanto foi dito acima, comete pecado grave, porque
coopera conscientemente com um pecado grave. O Catecismo da Igreja Católica ensina sobre a cooperação com o pecado
de outra pessoa: “O pecado é um ato pessoal. Além disso, temos
responsabilidade nos pecados cometidos por outros, quando neles cooperamos: participando neles direta e voluntariamente;
mandando, aconselhando, louvando ou aprovando esses pecados; não os revelando
ou não os impedindo, quando a isso somos obrigados; protegendo os que fazem o
mal”[7].
Ora, quem vota no PT, de fato aprova, ou seja, contribui com seu voto para que
possa ser praticado o que constitui um pecado grave.
Em síntese:
Um cristão não pode
apoiar com seu voto um candidato comprometido com o aborto:
– ou pela pertença a
um partido que obriga o candidato a esse compromisso (é o caso do PT)
– ou por opção
pessoal.
[1] Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral “Gaudium
et Spes”, n. 76.
[2] Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral “Gaudium
et Spes”, n. 75.
[3] Catecismo da Igreja Católica, n. 2246, citando
“Gaudium et Spes, n. 76.
[4] Resoluções do 3º Congresso do PT, p. 80. in:
http://www.pt.org.br/arquivos/Resolucoesdo3oCongressoPT.pdf
[5] Estatuto do Partido dos Trabalhadores, Redação final
aprovada pelo Diretório Nacional em 09/02/2012, in:
http://www.pt.org.br/arquivos/ESTATUTO_PT_2012_-_VERSAO_FINAL.pdf
[6] DN suspende direitos partidários de Luiz Bassuma e
Henrique Afonso, 17 set. 2009, in:
http://pt.jusbrasil.com.br/politica/3686701/dn-suspende-direitos-partidarios-de-luiz-bassuma-e-henrique-afonso
[7] Catecismo da Igreja Católica, n. 1868.
Assinar:
Postagens (Atom)
Mais lidos
-
Todo aborto é ilegal. Se a gravidez resulta de estupro (art. 128, II, CP) o médico que pratica aborto comete crime. O que pode acontecer é ...
-
Salve Maria! Hoje recomeçamos as leituras do Tempo Comum. A viúva de Sarepta, com fé e caridade, alimenta o profeta Elias. "Quem recebe...
-
Hoje celebramos o "Apóstolo do Brasil", São José de Anchieta (1534-1597), sacerdote jesuíta que dedicou sua vida à evangelização...
-
A alma do embrião humano: o fundamento ontológico de sua dignidade de pessoa. Autor: Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz Rio de Janeiro: CDB,...
-
Seu nome é Bheatryz, mas é mas fácil escrever Beatriz. Sua filha Sophia foi batizada no Oratório São José durante o período de hospedagem.
-
Pouco depois da Assunção de Nossa Senhora, a Igreja celebra a memória obrigatória de Nossa Senhora Rainha. Por que a Virgem Maria é Rainha? ...