sábado, 30 de outubro de 2010

Últimas orientações sobre como votar

Estamos entre dois candidatos: José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Serra
O problema do primeiro está em ter assinado, quando Ministro da Saúde, em novembro de 1998 a Norma Técnica "Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência contra Mulheres e Adolescentes", que introduziu no SUS a prática do aborto de bebês de até cinco meses, supostamente concebidos em um estupro.

O verdadeiro "autor" da Norma foi o PT. Por meio de dois deputados (Eduardo Jorge - SP e Sandra Starling - MG), o PT tentou inutilmente que fosse aprovado no Congresso Nacional o Projeto de Lei 20/91, que quereria obrigar o SUS a praticar aborto nos casos não punidos (mas proibidos!) pelo Código Penal: (i) quando não há outro meio para salvar a vida da gestante; (ii) quando a gravidez resulta de estupro.
Vendo que a via legislativa estava obstruída, os abortistas tentaram um "atalho". Pressionaram o então Ministro Carlos Albuquerque para que, por meio de uma simples portaria, "regulamentasse" o suposto direito ao aborto, "contido" no Código Penal. Albuquerque sentiu-se constrangido (ele próprio já se havia pronunciado publicamente contra o PL 20/91), mas acabou acatando a proposta do Conselho Nacional de Saúde (infestado de abortistas). Quando Serra tomou posse, a Norma já estava pronta, apenas à espera de quem a assinasse.

Em sua defesa, Serra usou (e ainda continua usando) o argumento de que não fez nada de novo. Apenas "regulamentou" o aborto "previsto em lei" desde 1940, quando o Código Penal foi promulgado. Assim, ele teria apenas "cumprido a lei".
O argumento é falacioso:
Primeiro: porque não há no direito positivo brasileiro qualquer caso de aborto "legal". Todo aborto é crime, inclusive nas duas hipóteses em que tal crime "não se pune" (art. 128, I e II, CP). A não aplicação da pena a um crime não o transforma em um "direito". Por exemplo: o mesmo Código Penal isenta de pena (art. 181) os crimes contra o patrimônio cometidos contra ascendente, descendente ou cônjuge. Mas essa isenção penal - que em Direito se chama escusa absolutória - não significa que os filhos tenham o "direito" de furtar dos pais ou que o esposo tenha o "direito" de praticar estelionato contra a esposa. Para a lei, às vezes convém aplicar uma pena grande, às vezes uma pena pequena. Em situações especiais, a lei, embora reprovando a conduta, perdoa o criminoso e não aplica pena. Em relação ao aborto, o máximo que o Estado pode fazer é não aplicar a pena após o crime cometido, mas nunca dar permissão prévia de abortar. Muito menos oferecer o aborto como um "serviço" de saúde a ser financiando com o dinheiro público.
Segundo: porque, ainda que houvesse algum aborto "legal" no Brasil, o Ministro da Saúde não poderia justificar-se dizendo que está apenas "cumprindo a lei". Diante de uma lei claramente iníqua (como a que autoriza a morte direta de um inocente), o dever do governante é não cumpri-la, em cumprimento à Lei Natural dada por Deus. No julgamento de Nuremberg (1946), os nazistas foram condenados não obstante seu argumento de que apenas haviam "cumprido a lei" do Estado Alemão.

No entanto, é forçoso reconhecer que não apenas Serra, mas um bom número de juristas fala do aborto "legal" como se ele existisse e estivesse acima de qualquer discussão. Não é de se admirar que ele tenha caído na falácia de que no Brasil o aborto é "permitido" em dois casos desde 1940, data em que o Código Penal foi promulgado.

Além disso, para que Serra, mesmo enganado pelos abortistas, resolvesse não assinar a Norma Técnica, era preciso que ele tivesse uma formação moral incomum entre os políticos. Ao assinar a Norma, ele talvez tenha agido como Pôncio Pilatos, que se curvou diante da pressão do Sinédrio e do povo. Mas não agiu como Anás ou Caifás, que maquinaram e orquestraram a morte de Jesus. O PT, porém, sempre agiu como os membros do Sinédrio: não por fraqueza moral, mas por perversidade, com a intenção direta e constante de legalizar o aborto no país.



Dilma

A maldade de Dima é imensamente maior.
Ela não tem absolutamente nada que lhe sirva de atenuante em suas declarações claríssimas em favor do aborto, dizendo considerar um "absurdo que não haja a descriminalização" de tal ato (ver aqui). Embora nas proximidades das eleições, ela tenha se apresentado como "católica" e até tenha tentado (sem muito sucesso) participar da Santa Missa no Santuário de Aparecida, em 2007 ela dizia duvidar da existência de Deus.

Ela faz parte de um Partido que a obriga a ser abortista. Ela assinou, conforme manda o Estatuto do PT (art. 128, § 1º) Compromisso do Candidato Petista, um documento no qual afirma que está "de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato” (Estatuto do PT, art. 128, §1º).
Entre as resoluções que Dilma se comprometeu a acatar está uma denominada “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, aprovada no 3º Congresso Nacional do PT (agosto/setembro de 2007), que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”.
Esse Partido, oficialmente comprometido com o aborto, exige de seus filiados fidelidade à causa abortista. Não foi por outro motivo que o PT puniu com suspensão de direitos partidários os deputados Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC). O Diretório Nacional do PT alegou que eles “infringiram a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto” (ver aqui).
Se Dilma quisesse tornar-se deixar de ser pró-aborto, teria que desfiliar-se do PT (ver aqui). Pois, não somente ela, mas todo candidato petista é comprometido com o aborto (ver aqui).

Diante desse compromisso partidário, de nada vale que ela agora assine um documento ("mensagem da Dilma") afirmando ser "pessoalmente contra o aborto". Server para enganar quem desejar ser enganado. Nada mais.




Juízo moral
Em comunhão com meu bispo Dom João Wilk, que declarou publicamente que um cristão não pode votar em Dilma, também eu afirmo que essa opção está totalmente descartada.
Votar em Dilma, consciente de tudo o que ela defende, seria um pecado grave, por constituir uma cooperação com o pecado do aborto.
O voto nulo ou em branco acabaria facilitando a vitória de Dilma (e do aborto, por ela defendido).
O voto em Serra, nas atuais circunstâncias, não só não é pecado, mas é a única opção que o Senhor oferece a nós, cristãos, a fim de evitar a "catástrofe incontrolável" (palavras de Dom Manoel Pestana) da vitória de Dilma.

Explico:
1) Nem Serra nem o seu partido (PSDB) são comprometidos com o aborto. Essa é uma grande diferença entre ele e sua adversária, que tanto por suas declarações, quanto por causa do partido ao qual está filiada (PT), está comprometida com a causa abortista.
2) O triste episódio que envolveu Serra com o aborto pode ser revertido. Dom Manoel acredita (e eu com ele) que haja esperança de conversão para Serra, por causa de suas raízes cristãs. Ao contrário, para Dilma-PT, não há qualquer esperança.


A palavra de Dom Raymond L. Burke
Dom Raymond L. Burke, em 2004, quando era arcebispo de St. Louis (Missouri, EUA), escreveu uma carta pastoral a respeito dos eleitores católicos e suas obrigações. Hoje ele é prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica. Agora, no dia 20 de outubro, ela acaba de ser nomeado Cardeal pelo Papa Bento XVI. As palavras seguintes, ditas em uma entrevista à Ação Católica pela Fé e Família, encaixam-se perfeitamente na situação atual brasileira:

"Não se pode jamais votar em alguém que favoreça absolutamente o direito de uma mulher de destruir uma vida humana em seu seio ou de procurar um aborto.
Em algumas circunstâncias em que não exista nenhum candidato que se proponha a eliminar todo e qualquer aborto, pode-se escolher o candidato que mais limite esse grave mal em nosso país; mas jamais seria justificável votar num candidato que não só não quer limitar o aborto mas entende que ele deva estar ao alcance de todos".
Esse é o caso brasileiro. Nenhum dos dois candidatos se propõe a eliminar "todo e qualquer aborto". Ambos se mostram favoráveis ao aborto nos dois casos proibidos mas não punidos pelo Código Penal. Mas enquanto o desejo de Dilma e de se seu partido (PT) é legalizar o aborto durante dos nove meses de gestação, sem qualquer restrição, a aprovação de Serra ao aborto se limita àqueles dois casos, que ele erroneamente chama de "aborto legal".
Assim, para usar as palavra de Dom Burke, pode-se escolher Serra, que é "o candidato que mais limita esse grave mal em nosso país".

Chamado a se pronunciar sobre os Bispos brasileiros que advertiram os eleitores sobre o PT, Dom Burke assim respondeu:

"Como poderia um bispo dormir a noite se não ensinasse nem alertasse seus fiéis contra um mal tão grave quanto o aborto, que ameaça acometer a sua nação? Então, esses bispos devem ser parabenizados, pois o que estão fazendo é simplesmente exercer sua função de mestres da fé e da moral, num assunto como disse fundamental e essencial: a proteção da vida de inocentes e indefesos seres humanos. De maneira que prometo rezar por esses bispos, para que mantenham sua coragem de continuar anunciando a fé".

Eis o vídeo da entrevista (em inglês):



Veja aqui a íntegra da entrevista em português.



A Igreja amordaçada pelo PT

A perseguição religiosa já começou. O triste episódio da apreensão arbitrária do "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras" pela Polícia Federal (obedecendo a uma liminar do TSE pedida por Dilma Rousseff) é apenas uma amostra do totalitarismo petista.

Padre Paulo Ricardo fala sobre esse assunto:




Neste domingo, 31 de outubro, temos uma chance - se Deus quiser - de eliminarmos o totalitarismo petista de nossa pátria.
A apreensão dos folhetos foi permitida por Deus talvez para que nós não atribuamos a vitória a nossas próprias forças, mas à graça divina.
Nossa luta "não é contra a carne e o sangue, mas contra os espíritos malignos que povoam os ares".
Prossigamos na oração, sobretudo do terço da Misericórdia às três horas da tarde e mais um rosário completo.

Peçamos a Maria Santíssima que não deixe que o inimigo ocupe o seu lugar de Rainha deste país.
"Mãe do Autor da Vida, rogai por nós!"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Depois do que o Papa disse, você ainda vai votar no PT?

Hoje, às 11 horas, em Roma, o Papa Bento XVI, recebendo a visita "ad limina apostolorum" dos Bispos do Regional Nordeste 5, manifestou claramente sua preocupação pelo silêncio dos Bispos diante de uma eventual vitória abortista nestas eleições presidenciais.

Segundo ele, "quando (...) os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76)".
E ainda: "Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74)".

Parece que o Santo Padre está ciente do desejo do PT de liberar o aborto no Brasil.
A intenção de Dima Rousseff de descriminalizar o aborto se encontra abertamente na sua entrevista à Folha de São Paulo, à revista Marie Claire e aos editores da Isto É.
Encontra-se veladamente em todas as inúmeras vezes em que se refere ao aborto como "questão de saúde pública", sem incluir o nascituro como titular do direito à saúde.
Como candidata do Partido dos Trabalhadores, ela assinou o Compromisso do Candidato Petista, um documento no qual afirma que está "de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato” (Estatuto do PT, art. 128, §1º). Entre as resoluções que Dilma se comprometeu a acatar está uma denominada “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, aprovada no 3º Congresso Nacional do PT (agosto/setembro de 2007), que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”. Diante de todos esses fatos, é cômico que ela apareça, neste segundo turno, assinando uma carta dizendo-se "pessoalmente contra o aborto". E ainda há quem dê algum valor a essa "mensagem da Dilma"!

A frase seguinte, tirada do discurso de hoje, parece ser endereçada aos Bispos que não ousam advertir o povo sobre o PT, temendo uma represália como a sofrida por Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, o herói da Diocese de Guarulhos:
"Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo»".

O Papa parece estar ainda ciente da proximidade do segundo turno das eleições. Ele fala que "em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75)".

Ele ainda demonstra conhecer o desejo do presidente Lula e então Ministra Dilma Rousseff de retirar os símbolos religiosos das repartições públicas, conforme decreto assinado por ambos em dezembro de 2009, que aprovou o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos: "Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história".

Os Bispos aos quais o Papa dirigiu seu severo discurso pertencem todos ao Nordeste, o maior reduto eleitoral petista. Curiosamente, o único Bispo citado nominalmente foi Dom Xavier Gilles, Bispo Emérito de Viana (MA). Justamente ele foi um dos que assinaram um manifesto dando apoio explícito à candidatura de Dilma Rousseff!


Depois dessa chamada de atenção tão grave feita pelo Vigário de Cristo, pode ainda algum cristão votar no PT?




O texto integral do discurso do Papa encontra-se em http://press.catholica.va/news_services/bulletin/news/26281.php?index=26281&lang=po

Amados Irmãos no Episcopado,

«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).

Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).

Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PT declara guerra à Igreja


O sítio petista "Onda vermelha: PT + 20 anos no poder" declarou guerra explícita à Igreja Católica. O título do artigo postado em 18 de outubro de 2010 é "A Igreja é contra o PT, vamos combatê-la". Ele faz louvores ao companheiro Hugo Chávez, que controla a Igreja na Venezuela e prossegue dizendo:
O PT já está processando a Diocese de Guarulhos (SP) por conta da tentativa de interferir no processo eleitoral, mandando imprimir panfletos que denigrem nosso partido e nossa candidata. Não podemos permitir esse tipo de abuso, e faremos o combate de todas as maneiras possíveis. Precisamos continuar pressionando o comando do partido, dito moderado, para que continue defedendo os valores que historicamente são bandeiras do PT.
A perseguição religiosa em Guarulhos lembra a dos primeiros cristãos pelo Império Romano. Uma milícia de petistas, por sua própria conta, resolveu intimidar e constranger o dono de uma gráfica pelo simples fato de ter aceitado imprimir o panfleto "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", elaborado pela Comissão de Defesa da Vida do Regional Sul 1 e aprovado pela Comissão Regional Representativa do Conselho Episcopal Sul 1 da CNBB, com a assinatura de Dom Nelson Westrupp (presidente), Dom Benedito Beni dos Santos (vice-presidente) e Dom Airton José dos Santos (secretário geral). Os militantes abordaram o pobre homem, crivaram-no de perguntas, trataram-no como se fosse um criminoso apanhado em flagrante, pediram-lhe documentos e informações, num ato típico de constrangimento ilegal. A perseguição, que evoca a KGB soviética ou a Gestapo nazista, é exibida com orgulho por um vídeo produzido pela "TV PT":




Os petistas tem razão de temer a publicação do "Apelo". Ele contém fatos (contra os quais não há argumentos) que comprovam o nexo indissolúvel entre o PT e a causa abortista, assim como a radical incompatibilidade entre esse partido e a causa pró-vida. Na impossibilidade de negar os fatos, resta apelar para a violência. Foi o que que eles fizeram.

O panfleto é legítimo, de modo algum é apócrifo (traz a assinatura de três Bispos) e não pode ser classificado como "propaganda eleitoral". É uma advertência moral aos católicos, feita em um momento eleitoral. Os Bispos não têm culpa pelo fato de o PT estar tão intimamente ligado a um atentado direto à vida inocente. De qualquer forma, a Igreja não pode calar-se diante de quem quer que defenda o aborto, seja o PT, seja outro partido ou candidato.

A legitimidade do panfleto e a ordem de prosseguir com sua distribuição é esclarecida e assegurada pelo Bispo de Lorena Dom Benedito Beni dos Santos:




Eis a transcrição de sua belíssima fala:

Sou Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo de Lorena. Estou gravando esta mensagem no dia 18 de outubro do presente ano.

A Igreja no Brasil há décadas vem lutando em prol da defesa da família e do respeito a seus direitos. A mobilização contra a descriminalização e a legalização do aborto faz parte dessa luta.

A questão do aborto tornou-se tema importante na campanha política em preparação para as eleições deste ano, primeiro e segundo turno.

Além da CNBB nacional, Assembléia e Presidência, os Bispos do Estado de São Paulo chamaram a atenção sobre a importância do tema do aborto como parte da discussão em preparação para as eleições. Na Assembléia Ordinária do Episcopado Paulista, realizada entre os dias 29 e 30 de junho e 1º julho deste ano, aprovaram uma espécie de Dez Mandamentos para VOTAR BEM.

O terceiro mandamento diz o seguinte:

Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até a morte natural”.

No dia 26 de agosto deste ano, a Comissão Episcopal Representativa do Conselho Episcopal Sul 1 da CNBB (Estado de São Paulo) emitiu uma nota em favor do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”, elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1. Eis o teor da nota:

A Presidência e a Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua Reunião ordinária, tendo já dado orientações e critérios claros para “VOTAR BEM”, acolhem e recomendam a ampla difusão do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1”.

Assinam a nota Dom Nelson Westrupp (presidente), Dom Benedito Beni dos Santos (vice-presidente), Dom Airton José dos Santos (secretário geral).

O “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”, cuja difusão ampla é recomendada pelos Bispos, cita fatos concretos em que o governo brasileiro e o Partido dos Trabalhadores propõem a descriminalização e a legalização do aborto durante todos os nove meses da gravidez. Trata-se do substitutivo do PL 1135/91 apresentado pelo atual governo em 2005 e ainda tramitando no Congresso. O “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” termina deste modo: “RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, [...] deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto.

Portanto, o “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1, é um texto legítimo e não falso. Contém fatos e não boatos. É expressão legítima da cidadania democrática.

Os Bispos do Estado de São Paulo, reunidos em Assembléia das Igrejas, neste 16 de outubro, fizeram um alerta com respeito a folhetos que estão sendo distribuídos sem a aprovação da legítima autoridade diocesana. Este não é o caso do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”, elaborado em vista do primeiro e do segundo turno das eleições. Na Diocese de Lorena estes folhetos continuam sendo distribuídos nas 31 paróquias. Não se trata de interesse partidário ou ideológico, mas da defesa da vida através de instrumentos legítimos da expressão da cidadania e, portanto, de participação na promoção do bem comum da nação. As pessoas que estão divulgando o documento fizeram apenas o que nós, Bispos, lhes pedimos.

As informações do “APELO” são fatos amplamente documentados. Contra fatos, não há argumentos. Os fatos, pois, são a parte mais importante do “APELO”.

A sua divulgação é legítima. Esses fatos devem chegar ao conhecimento do povo e devem continuar a ser divulgados o mais amplamente possível.

Recomendo isso sobretudo à Diocese de Lorena, que presido.

(fim da transcrição)




EIS O PANFLETO QUE ATERRORIZOU O PT





PORQUE ESSE FOLHETO NÃO CARACTERIZA PROPAGANDA ELEITORAL

A Resolução 23191 do Tribunal Superior Eleitoral dispõe sobre a propaganda eleitoral e as condutas vedadas em campanha eleitoral. Segundo essa norma, a propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, "mencionará sempre a legenda partidária" (art. 5º). Em se tratando de folhetos, eles devem ser editados "sob a responsabilidade do partido político, da coligação ou do candidato" (art. 13).
Ora, os Bispos não são candidatos nem constituem um partido político. Seriam eles obrigados a guardar silêncio se algum Partido, abusando da pluraridade de opinião, defendesse a confinação de deficientes em campos de concentração, como ocorreu na era nazista? E serão eles obrigados a ficar mudos quando um Partido oficialmente defende a descriminalização do aborto como algo obrigatório a ser acatado pelos seus candidatos?
A defesa da vida é uma questão moral, à qual os Bispos não se podem esquivar. Os católicos devem votar conscientes dos fatos amplamente expostos e documentados no "APELO". Daí a necessidade da "ampla difusão" desse folheto.
Seria absurdo se a lei obrigasse os Bispos a divulgar tais afirmações apenas sob o patrocínio de um partido, coligação ou candidato. Aí sim, a Igreja se veria constrangida a ficar envolvida diretamente em campanha eleitoral, desnaturando o seu caráter de "católica", isto é, universal.
Não constituindo propaganda eleitoral, o folheto é de distribuição livre. Não é anônimo (o que é proibido pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso IV), mas traz a assinatura de três Bispos.


"BEM-AVENTURADOS SOIS VÓS QUANDO VOS PERSEGUIREM..." (Mt 5,11)

Ao resolver perseguir os Bispos e demais fiéis que distribuem o "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", o PT acabou cometendo o mesmo erro que cometeu Jandhira Feghali nas eleições de 2006.
Naquela época, a candidata comunista (PC do B) ao Senado já se imaginava eleita e planejando o que faria como senadora. Apavorada com a distribuição de um folheto que informava sua atuação pró-aborto, ela recorreu ao TRE-RJ e acusou a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele obteve que fiscais, no dia 21/09/2006, cumprindo um mandado de busca e apreensão, invadissem a Mitra Diocesana, inclusive o gabinete do Cardeal Dom Eusébio Scheid, em busca dos supostos panfletos. Nada foi encontrado, uma vez que a Arquidiocese não era autora da publicação. No dia 25/09/2006, o Cardeal recebeu uma intimação para guardar silêncio sobre qualquer “referência político-ideológica”. Essa liminar foi cassada no mesmo dia pelo colegiado do TRE. No dia 1º/10/2006, contrariando o que previam as pesquisas, Jandira obteve apenas 37,54% dos votos válidos e perdeu para seu adversário Francisco Dornelles (PP/RJ), que ficou com 45,86% dos votos válidos.

A perseguição sempre foi fonte de bênçãos para os cristãos. No presente momento, não se deve temer "os que matam o corpo, mas não podem matar a alma" (Mt 10,28).
Quanto mais o PT perseguir a Igreja, mais contribuirá para o mérito dos cristãos. Ele estará assim forjando sua própria derrota.
Convém que a perseguição ocorra - como já está ocorrendo - agora, ou seja, antes do dia 31 de outubro. Ela serve para dar ao povo uma pequena amostra do totalitarismo que se pretende instalar no país com a vitória de Dilma.
Nossa principal arma, porém, continua sendo a oração confiante e perservante. Se permanecermos fiéis na recitação diária do Terço da Misericórdia às três horas da tarde e na recitação de um Rosário completo a cada dia, tudo o mais virá por acréscimo.
Uma mulher deve vencer esta eleição. Seu nome é Maria.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vídeos imperdíveis

Dilma, em 4 de outubro de 2007, diz com todas as letras, em sabatina à Folha de São Paulo, que é favorável a descriminalização do aborto. Considera "absurdo" que o aborto não seja descriminalizado.





O vídeo “Mãe do Brasil” expõe de forma sucinta e clara documentos que comprovam o envolvimento do Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff com a promoção do aborto no Brasil.





Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo de Lorena (SP) e vice-presidente do Regional Sul 1, lê o "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", advertindo os eleitores sobre o PT.




Dom José Benedito Simão, Bispo de Assis (SP) e presidente da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1, faz "denúncia gravíssima" contra o PT.





Dom Aldo Di Cillo Pagotto, Arcebispo Metropolitano da Paraíba, denuncia o Partido dos Trabalhadores (PT), aplaude o "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras" e afirma: "Não podemos ficar calados!"






Corajosa pregação do Pe. José Augusto Suza Moreira, do dia 5 de outubro de 2010, na Canção Nova, alertando sobre o PT. Sua coragem tem-lhe custado caro.





"O Brasil não é do PT" - Um alerta sobre o totalitarismo do PT, que pretende pintar de vermelho o Brasil verde-amarelo. Infelizmente o vídeo procurar poupar o presidente Lula. Apesar disso, ele apresenta de maneira contundente o que aguarda o povo brasileiro se Dilma for eleita.




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Se abrirmos as portas

Segue a sugestão que recebi de um amigo padre a fim de que estas eleições sejam continuamente acompanhadas pela oração. Tente sugerir isso ao seu pároco.

Se abrirmos as portas, - Cristo se manifestará mais forte ...

Ainda é tempo.

Segue a sugestão para organizar

A ADORAÇÃO EUCARÍSTICA

do próximo sábado após a missa vespertina até o fechamento das urnas no domingo

– interrompida apenas pela celebração das Santas Missas dominicais -,

implorando a Divina Misericórdia para o nosso país conforme Santa Faustina foi instruída e como escreve no seu Diário:

POR SUA DOLOROSA PAIXÃO, TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS E DO NOSSO BRASIL!

Na sexta-feira 13.09.[1935]

À noite, quando me encontrava na minha cela, vi o Anjo executor da ira de Deus. Estava vestido de branco, o rosto radiante e uma nuvem a seus pés. Da nuvem saíam trovões e relâmpagos para as suas mãos e delas só então atingiam a Terra. Quando vi esse sinal da ira de Deus, que deveria atingir a Terra, e especialmente um determinado lugar que não posso mencionar por motivos bem compreensíveis, comecei a pedir ao Anjo que se detivesse por alguns momentos, pois o mundo faria penitência. Mas o meu pedido de nada valeu perante a ira de Deus. E foi nesse instante que vi a Santíssima Trindade. A grandeza de Sua majestade transpassou-me profundamente e eu não ousava repetir a minha súplica. Porém, nesse mesmo momento senti em mim a força da graça de Jesus que reside na minha alma; e, quando me veio a consciência dessa graça, imediatamente fui arrebatada até o Trono de Deus. Oh! Como é grande o nosso Senhor e Deus, e como é inconcebível a Sua santidade! E nem sequer vou tentar descrever essa grandeza, porque em breve todos O veremos como Ele é. Comecei, então, suplicar a Deus pelo Mundo com palavras ouvidas interiormente.

Quando assim rezava, vi a impossibilidade do Anjo em poder executar aquele justo castigo, merecido por causa dos pecados. Nunca tinha rezado com tanta força interior como naquela ocasião.

As palavras com que suplicava a Deus eram as seguintes:

‘Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro; pela Sua dolorosa Paixão, tende Misericórdia de nós’. (Diário. A Misericórdia Divina na minha alma, Apostolado da Divina Misericórdia, Curitiba – PR, 37ª ed., 2010, n. 474 e 475).

Isso foi a origem do Terço da Divina Misericórdia. Jesus prometeu muitas graças àqueles que o rezarem.

Vamos então rezar este terço durante esta adoração.

Reza-se da seguinte forma:

Inicia-se com o Pai nosso, uma Ave Maria e o Creio.

Nas contas maiores se reza:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas pequenas (ajustados a nossa situação):

Por Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do nosso Brasil!

Será também muito oportuno renovar nesta ocasião a Consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida.

Senhora Aparecida, o Brasil é vosso!

Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente!

Tende compaixão do vosso povo!

Socorrei os pobres!

Consolai os aflitos!

Iluminai os que não têm fé!

Convertei os pecadores!

Curai os nossos enfermos!

Protegei as criancinhas!

Lembrai-vos dos nossos parentes e benfeitores!

Guiai a mocidade!

Guardai nossas famílias!

Visitais os encarcerados!

Norteai os navegantes!

Ajudai os operários!

Orientai o nosso Clero!

Assisti os nossos bispos!

Conservai o Santo Padre!

Defendei a Santa Igreja!

Esclarecei o nosso Governo!

Ouvi os que estão presentes!

Não vos esqueçais dos ausentes!

Paz ao nosso povo!

Tranqüilidade para a nossa terra!

Prosperidade para o Brasil!

Salvação a nossa Pátria!

Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, o Brasil em vós confia!

Senhora Aparecida, o Brasil tudo espera de vós!

Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama!

Salve, Rainha!

Mais lidos