Ouvi falar de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini quando ele, Bispo de Guarulhos, recomendou a seus diocesanos que negassem seu voto a Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2010.
Alegrei-me com o documento feito pela a Comissão Episcopal Representativa do Conselho Episcopal Sul 1 da CNBB (Estado de São Paulo) em 26 de agosto de 2010, intitulado “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”.
Alegrei-me quando Dom Bergonzini resolveu distribuir ao povo dois milhões de exemplares desse "Apelo". Indignei-me quando a polícia federal, cumprindo uma ordem descabida de um ministro do TSE Ministro Henrique Dias, a pedido de Dilma, resolveu apreender todo aquele material informativo, privando os eleitores de conhecerem o que é o PT.
Alegrei-me ainda quando descobri que Dom Bergonzini tinha um blog, no qual conclamava o povo a lutar com ele em defesa da vida.
Mas só conheci pessoalmente esse ilustre Bispo no dia 11 de abril de 2012, quando ele rezou conosco um rosário diante do Supremo Tribunal Federal rogando a Maria Santíssima que nos socorresse diante do perigo da aprovação da ADPF 54 (aborto de anencéfalos).
Naquele dia ele ainda foi ao Senado com uma comissão a fim de conversar com o presidente senador José Sarney e solicitar o "impeachment" do Ministro Marco Aurélio por agir de modo incompatível com o a honra, a dignidade e a função de membro do STF.
Soube há pouco tempo que ele estava doente na UTI. Ontem recebi a notícia de que ele estava em coma induzido. Hoje pela manhã, recebi a notícia de seu falecimento no Hospital Stella Maris, de Guarulhos.
"Seja feita a vontade de Deus", devemos dizer. Não deixamos de sentir dor, mas temos o consolo de que o Senhor chamou Dom Luiz Gonzaga para um ambiente melhor que este vale de lágrimas, onde os seguidores do "pai da mentira" e "homicida desde o princípio" perseguem os seguidores da Verdade e da Vida.
É comum que Deus conceda aos ímpios uma vida longa. Ela serve como oportunidade de conversão. Quanto a Dom Bergonzini, "Deus o submeteu à prova e o achou digno de si" (cf. Sb 3,5).
Não esqueçamos de cumprir com este bom pastor o dever de orar por sua alma.
E não esqueçamos o exemplo de sua coragem.
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